O acompanhamento de um engenheiro e o conhecimento das plantas do imóvel são fundamentais para o sucesso da obra.

Boas ideias e alguns rabiscos não bastam quando o assunto é reformar um imóvel, especialmente se ele estiver localizado em um edifício. Acontecimentos recentes alertaram para a necessidade de cuidados fundamentais à segurança não só do proprietário e sua família, mas das demais pessoas que moram, trabalham ou circulam pelo local.

Seja para derrubar uma parede ou simplesmente acrescentar uma tomada, tudo precisa de auxílio profissional. De acordo com o inspetor do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-Pr) em Londrina, Julio Cotrim a escolha de um engenheiro credenciado pode evitar maiores problemas.Esse profissional assumirá os riscos sobre a obra e utilizará seus conhecimentos para fazer as alterações corretamente.
A responsabilidade adquirida pelo engenheiro fará ele adotar procedimentos padrões que incluem avaliar a estrutura do apartamento e recolher as Anotações de Responsabilidade Técnicas (ARTs). ”Se for uma reforma simples como uma pintura, não precisa de ART, mas todas as demais alterações de engenharia precisam desse documento protocolado junto ao Crea.

O inspetor esclarece ainda que o documento serve como uma garantia do serviço para o dono do imóvel. A busca por um profissional na visão, de Contrin traz duas coisas fundamentais ao morador economia e segurança, uma vez que o engenheiro saberá exatamente o que pode ou não ser feito e a melhor forma de executar a tarefa.

Outra dica é que mesmo antes da obra começar o proprietário deve estar de posse dos projetos arquitetônico, estrutural, elétrico, hidraúlico, prevenção de incêndio e telefônico. Cotrin alerta que atualmente a maioria das construtoras entregam toda a documentação em mãos, conhecida como o ”Manual do Proprietário”.

Ele reconhece, no entanto, que em condomínios mais antigos ou em apartamentos que pertenceram a outras pessoas fica difícil conseguir a documentação e aconselha que procurem o síndico ou a construtora responsável pela obra.Esse manual é obrigatório e exigido pelo Código do Consumidor. Ao analisá-lo o engenheiro saberá exatamente quais pontos poderão ser alterados sem colocar em risco o apartamento.
Quanto a mudanças em áreas coletivas dos condomínios o inspetor do Crea explica que, primeiramente, o síndico deve fazer uma assembleia com os moradores para decidir o que será alterado. Depois, é importante que ele providencie o máximo de informações sobre a estrutura do local, além é claro, de procurar por um engenheiro ou empresa credenciada pelo Conselho de Engenharia.

Já quanto a prédios comerciais, que recebem um grande número de pessoas diariamente, Cotrim faz um alerta: ”Em casa percebemos o que precisa de uma reforma, no comércio nem sempre é assim. O indicado é procurar um profissional que possa fazer uma vistoria loja à loja pelo menos uma vez por ano.

Fonte: Folha Web